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Em 2012, 56.000 pessoas foram assassinadas no Brasil. Destas, 30.000 são jovens entre 15 a 29 anos e, desse total, 77% são negros. A maioria dos homicídios é praticado por armas de fogo, e menos de 8% dos casos chegam a ser julgados. Apesar dos altíssimos índices de homicídio de jovens negros, o tema é em geral tratado com indiferença na agenda pública nacional. As consequências do preconceito e dos estereótipos negativos associados a estes jovens e aos territórios das favelas e das periferias devem ser amplamente debatidas e repudiadas. (Anistia Internacional)

Apesar de dados censitários demonstrarem que a população vem assumindo sua raça e sua cor o Brasil ainda é racista e discriminatório.  O censo de 2010 aponta que a população que se autodeclara branca caiu de 53,7% para 47,7% (91 milhões de brasileiros),proporção de pretos subiu de 6,2% para 7,6% (15 milhões) e o percentual de pardos cresceu de 38,5% para 43,1% (82 milhões de pessoas) no mesmo período.

 

Ainda segundo o Censo Demográfico de 2010 apontou a grande diferença que existe no acesso a níveis de ensino pela população negra, 12,8%.E os brancos continuam recebendo salários mais altos e estudando mais que os negros (pretos e pardos).Os negros e pardos morrem mais cedo em consequência da precariedade das condições de vida, da violência e do difícil acesso a cuidados de saúde.

Ainda que muitas pessoas acreditem que o racismo – prática discriminatória que visa colocar grupos e/ou indivíduos em posições de desigualdade, em virtude de aspectos físicos, como a cor da pele – se manifeste individualmente, operando apenas nas relações interpessoais, a história demonstra que essa não é uma questão restrita ao âmbito individual. Historicamente, o povo negro vivencia condições de vida muito inferiores aos de pessoas brancas.

 

E é o jovem o principal impactado pelo espetáculo. De acordo com relatório sobre o Índice de Vulnerabilidade Juvenil – Violência e Desigualdade Racial, lançado pela UNESCO, um jovem negro entre 12 e 29 anos tem 2,5 vezes mais chances de morrer violentamente que um jovem branco.

 

Justificativa

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